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Advogado. Especialista em Direito Médico e Odontológico. Especialista em Direito da Medicina (Coimbra). Mestre em Odontologia Legal. Coordenador da Pós-graduação em Direito Médico e Hospitalar - Escola Paulista de Direito (EPD). Coordenador da Pós-graduação em Direito Médico, Odontológico e da Saúde (FMRP-USP). Preceptor nos programas de Residência Jurídica em Direito Médico e Odontológico (Responsabilidade civil, Processo ético médico/odontológico e Perícia Cível) - ABRADIMED (Academia Brasileira de Direito Médico). Membro do Comitê de Bioética do HCor. Docente convidado da Especialização em Direito da Medicina do Centro de Direito Biomédico - Universidade de Coimbra. Ex-Presidente das Comissões de Direito Médico e de Direito Odontológico da OAB-Santana/SP. Docente convidado em cursos de Especialização em Odontologia Legal. Docente convidado no curso de Perícias e Assessorias Técnicas em Odontologia (FUNDECTO). Docente convidado do curso de Bioética e Biodireito do HCor. Docente convidado de cursos de Gestão da Qualidade em Serviços de Saúde. Especialista em Seguro de Responsabilidade Civil Profissional. Diretor da ABRADIMED. Autor da obra: COMENTÁRIOS AO CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA.

sexta-feira, 12 de abril de 2013

Paciente que espera transplante de coração se casa dentro da UTI

O Instituto do Coração, da Universidade de São Paulo, teve nesta sexta (12) um momento comovente.

O Instituto do Coração, da Universidade de São Paulo, teve nesta sexta (12) um momento comovente. Foi em torno de um dos cinco pacientes em estado grave que esperam um transplante de coração.

Logo na entrada da UTI, já se percebia a agitação típica dos grandes acontecimentos. No leito, uma cena que espantaria um desavisado. O paciente calça sapatos, usa gravata e diz como se sente.

“É a mesma coisa de subir nem uma montanha e aquela sensação de ter alcançado o topo da montanha”, descreve William Marques, noivo.

William vivia cercado pelas montanhas de Minas Gerais, trabalhando como mecânico e criando os filhos quando o coração começou a fraquejar. Há quase dois meses o caso piorou, ele foi para o Incor e entrou na fila do transplante.

“O coração com insuficiência cardíaca é muito grande e funciona mal, por isso precisa de um transplante”, explica Sandrigo Mangini, médico.

Mas além de um coração grande, William tem uma esperança enorme e um amor gigantesco por Gislene. Era vizinha, virou amiga, confidente até que: “Dá amizade, nasceu um bebê”, conta. E depois mais outro.

Já são 16 anos de união. William faz falta. “Sem ele lá é difícil. Muito difícil. Principalmente na hora de dormir, que não tem o meu preto para brigar, que não tem o meu preto para conversar comigo”, lamenta Gislene Maria de Paula, noiva.

Os dois sempre sonharam com uma cerimônia. E o que vinha sendo adiado virou urgência, William está vivendo a base de drogas pesadas e equipamentos. E foi por ele e por todos os mais de 200 brasileiros que esperam por um coração que a equipe se desdobrou.

“Ontem a gente passou a tarde toda recortando papel para fazer a decoração. Eu acho que é importante mostrar para as pessoas quem são as pessoas que estão esperando os órgãos. Eles também têm família e filhos”, conta a médica Andréia Furlani, residente de cardiologia.

E eles têm sonhos que se realizam. Em seus pequenos detalhes. Em toda a sua grandeza.

Os dois filhos não puderam ir para a cerimônia, ficaram em Minas esperando pela volta dos pais e pelo presente que eles ganharam de casamento do pessoal do Incor. William não é de pedir as coisas, mas dessa vez abriu duas exceções.

“Eu estava com uma geladeira em casa muito ruim. Juntou todo mundo e me deram uma geladeira de presente. Agora só falta o coração novinho para eu poder ir lá beber água desta geladeira, água geladinha”, diz.

Fonte: Globo.com