Minha foto
Advogado. Especialista em Direito Médico e Odontológico. Especialista em Direito da Medicina (Coimbra). Mestre em Odontologia Legal. Coordenador da Pós-graduação em Direito Médico e Hospitalar - Escola Paulista de Direito (EPD). Coordenador ajunto do Mestrado em Direito Médico e Odontológico da São Leopoldo Mandic. Preceptor nos programas de Residência Jurídica em Direito Médico e Odontológico (Responsabilidade civil, Processo ético médico/odontológico e Perícia Cível) - ABRADIMED (Academia Brasileira de Direito Médico). Membro do Comitê de Bioética do HCor. Docente convidado da Especialização em Direito da Medicina do Centro de Direito Biomédico - Universidade de Coimbra. Ex-Presidente das Comissões de Direito Médico e de Direito Odontológico da OAB-Santana/SP. Docente convidado em cursos de Especialização em Odontologia Legal. Docente convidado no curso de Perícias e Assessorias Técnicas em Odontologia (FUNDECTO). Docente convidado de cursos de Gestão da Qualidade em Serviços de Saúde. Especialista em Seguro de Responsabilidade Civil Profissional. Diretor da ABRADIMED. Autor da obra: COMENTÁRIOS AO CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA.

quinta-feira, 7 de março de 2013

Ex-funcionária diz que foi forçada a omitir socorro na UTI de Curitiba

Uma ex-funcionária do Hospital Evangélico de Curitiba, cuja UTI é alvo de investigação por supostos homicídios, relatou à polícia que foi ordenada a "fazer de conta que não viu nada" quando um paciente entrou em parada cardíaca. O depoimento consta do relatório final do inquérito policial, ao qual a Folha teve acesso.

Concluído na última segunda-feira (4), o documento se fundamenta principalmente em depoimentos de ex-funcionários para indiciar cinco médicos e uma enfermeira sob suspeita de homicídio qualificado e formação de quadrilha.

Todos negam as acusações e afirmam que tudo isso é fruto de um equivocado entendimento de termos médicos.

O depoimento da ex-funcionária, cujo nome não foi revelado, relata que ela foi segurada pelo braço por uma enfermeira, quando reanimaria um paciente em parada cardíaca. "Faz de conta que você não viu nada", teria dito a funcionária à testemunha, ao impedir que ajudasse o paciente, que morreu em seguida.

A denunciante, que diz ter trabalhado na UTI em setembro e outubro de 2012, ainda afirma que as mortes eram antecipadas pela aceleração da sedação. Em vez de o medicamento pingar pela bomba infusora, por exemplo, ele era ministrado com uma injeção, ou então o ritmo da bomba era acelerado.

O relatório da polícia menciona 32 depoimentos, dos quais 24 levantam suspeitas sobre os indiciados.

O documento também é acompanhado pelos prontuários de 25 pessoas que morreram na UTI, cujas mortes foram supostamente provocadas pelos suspeitos. A polícia não detalha, porém, quem teria causado a morte de cada um dos pacientes.

O documento afirma que os prontuários estão sob análise de equipes do Ministério Público e da polícia. Segundo especialistas ouvidos pela Folha, eles serão peça-chave da acusação, porque podem indicar erros na condução do tratamento.

Para o advogado Elias Mattar Assad, que defende a chefe da UTI, Virgínia Helena Soares de Souza, o relatório é "tíbio". "Não diz dia, hora e local de nada, não prova a relação de causalidade e nem prova a existência de fato criminoso", diz.

Fonte: Folha Online